67º PROGRAMA OS ASTROS NA RADIO- A Astrologia e o nosso ADN biográfico?



A Astrologia e o nosso ADN biográfico?
A maioria de nós prefere se ver como vítima, achando que todas as dificuldades, provações, tribulações e grande parte das doenças que padecemos são resultado de alguma influência mágica, misteriosa, espiritual ou cósmica provinda da realidade exterior.
Talvez o ouvinte não concorda comigo?
E se eu lhe disser que é uma pessoa difícil, porque Saturno esta em quadratura ao seu sol, isto lhe servirá como desculpa para o seu comportamento?
Ou deverá em algum momento da sua vida, assumir a responsabilidade de reorientar as suas atitudes e o seu comportamento, se não por outro motivo, pelo menos para interromper a dor e o seu sofrimento de frustração?
È a vítima ou o criador do seu próprio sentimento de frustração?
Qual é a causa, ou melhor, quem é o causador do efeito?
A Astrologia, TEM vista como, entretenimento, ADVINHAÇÃO, ficção, charlatanismo e tantas outras denominações.


Não conhecer o que há além do que ditam as tendências de moda, é o mais comum e não entender, faz com que muitas pessoas passem a vida bastante limitadas.
Todos nós nascemos numa determinada data, hora e local, isto nos faz seres únicos, não existem dois mapas astrológicos iguais, e nem tampouco a genética encontrou dois gémeos idênticos.
isto nos faz seres muito especiais e com personalidades únicas.
Então, porque vai ler horóscopos feito para muitos, é muito difícil estas previsões darem resultados positivos, mas o que vemos é, diariamente na mídia, milhares destas publicações.
Esta foi a forma encontrada para muitos ganharem dinheiro rapidamente, assim acabam por desvalorizar o trabalho e a pesquisa dos Astrólogos.
A Astrologia é a origem e a mãe da Psicologia, pois muitos dos nossos postulados, originados há milênios, estão em postulados psicológicos, ditados principalmente por Jung.
Portanto nada tem haver com religião e sim com filosofia, psicologia e todas as áreas da vida humana, ela tem as suas próprias características, que a faz especial.
Quando falo da Astrologia Espiritual, falo de algo mais profundo de cada um, a sua forma de se conhecer, os seus valores e as suas crenças.
A Astrologia, não está relacionada a alguma Religião, esta ligada a todas elas e usa apenas a hora, data e local de nascimento para uma análise astrológica.
O que considero ADN Espiritual, é a capacidade única de avaliar o ser como um todo, integralizado ao universo e único.
Devido a este potencial de cada um, é possível indicar o melhor caminho, não fazer previsões inconsequentes e sim , indicar períodos onde a pessoa pode caminhar com segurança e realização e outros que ela deverá pisar no travão.
Todos nós temos fazes importantes e muitas com alguma tensão e dificuldades, com o estudo personalizado é possível mostrar estes períodos e o melhor caminho a seguir.
Diversas pesquisas foram feitas sobre a hereditariedade astrológica, não só Ptolomeu, mas também Kepler, Paul Choisnard, Karl Krafft (astrólogo de Hittler), e também o conhecido estatístico Michael de Gauquelin.
A Astrologia é bastante científica, pois dentro das suas análises, usamos percentuais e observamos através das hipótese a comprovação destes.
Portanto o Astrólogo é alguém que se dedica a estudar o céu na hora do nascimento, este céu é único, assim como todos os genes que estão em cada um.
Este céu (mapa astral) pode sim indicar muitos caminhos e apontar muitas tendências mais difíceis, mas o melhor é conhecer-se, só assim é possível tomar as melhores decisões.
Todo conhecimento gera algum poder e destaque pessoal, o mais importante quando conhecemos a nós mesmos, é que temos este poder dentro de nós, levando a entendimentos muito importantes de quem realmente somos e para o que realmente estamos nesta vida.

Será que o mapa astrológico pode conter o nosso ADN biográfico?
O Mapa Astral Pode descrever o nosso processo de evolução, desde a fase de embrião até às etapas maiores da vida?
Sem falar da Astrologia Karmica que na sua análise/leitura é um estudo profundo da energia que trazemos no nosso ADN de um passado, que nos condiciona, influencia e ensina no presente e nos projecta para o futuro.
Fala-nos dos nossos maiores medos e karmas (emoções mal resolvidas de um passado),ou seja, os nossos maiores desafios desta encarnação, ajuda-nos a tomar consciência dos mesmos, para que os possamos “curar” através da vivência de eventos que o Universo se encarrega de nos proporcionar, onde nos exponha a esses medos e karmas, para que, em consciência, possamos escolher viver a situação sem medo ou raiva ou rancor, mas sim em aceitação, amor, compaixão, humildade, fé e entrega de forma a equilibrar a nossa energia.
Por exemplo, o que foi outrora foi vivido no excesso de poder, será vivido com a mesma intensidade na impotência, de forma a equilibrar a energia da Alma.
Para isso é muito importante Escolher deixar de vibrar pelo medo e vibrar pelo Amor, ou seja, Escolher em Consciência de que TUDO faz parte do crescimento da Alma, as “boas” e “más” situações…são apenas palavras, ditas “adjectivos”, vindas do julgamento humano, a necessidade de rotular, o separativíssimo comum dos mortais…que tanto nos tem prejudicado na nossa evolução…
mas TUDO são APENAS EXPERIÊNCIAS, o “bom” e o “mal” são um todo e uno muito bem “estruturado” energeticamente pelo Espírito Criador para que todos nós vivamos na Intenção de nos tornarmos seres completos e harmónicos.
Será possível compreender melhor a história da nossa gravidez, parto e crescimento até a morte através do seu mapa Astral?
Qual a sua importância para a definição do nosso caráter?
O que teremos a aprender, individualmente, nas grandes fases da vida?

O Mapa Astrológico é um todo biográfico.
Em cada casa escreve-se a história dos desafios da nossa vida, nas diversas etapas de crescimento.
A abordagem que se segue é uma síntese muito reduzida destas visões modernas e psicológicas de interpretação astrológica.
Para isso utilizei o mapa astral de um ouvinte Josué nasceu em 10/05/ 1947 as 19h30, em Coimbra e vive em Toronto no Canada.
A PAIXÃO
A Casa 8 representa o estado relacionamento do casal (o nosso pai e mãe) antes da conceção, ou seja, os desafios que estariam a viver, as cedências e paixões, a harmonia ou os problemas, bem como a sua sexualidade como casal.
Também pode indicar o estado emocional da mãe, antes da época da conceção.
No caso do ouvinte
O Astro Saturno indica uma tendência para uma fase algo dura ou distante do relacionamento entre ambos, ou uma fase de solidão da mãe antes de conhecer o futuro companheiro.
Mas como também lá existe o Astro Sol indica uma fase feliz de alegria e paixão, mesmo que com o domínio de um em relação a outro.

A CONCEÇÃO
A Casa 9 retrata relativamente bem a fase da conceção, como estariam os pais nessa altura, se foi uma conceção difícil ou espontânea, quem seria o progenitor com mais vontade, se os pais (e sobretudo mãe) estavam numa altura alegre e feliz das suas vidas, ou a desenvolver cumplicidade.
Neste exemplo, esta Júpiter colocado nesta casa indica um ambiente de conceção com bastante liberdade, aventura e alegria.
Como as casas formam um eixo, é importante também reparar nos planetas na Casa 3, já que acrescentam informação sobre o ambiente do quotidiano dos pais nesta fase.
Neste exemplo, não existe nenhum astro nesta casa

A GRAVIDEZ
A Casa 10 representa a forma como a gravidez foi reconhecida e aceite pela mãe, normalmente, com cerca de 1 a 2 meses de gravidez.
Planetas como Vénus nesta casa do mapa astral do ouvinte, sugere que a mãe se sentiu muito feminina e que gostou da “notícia”, ficando mais encantada. Mas como existe lá também o Planeta Marte pode indicar a existência de alguma raiva ou conflito interior, motivado pela posição do pai ou pelo excesso de atividade que a gravidez implicaria na vida da mãe.
Completando o eixo, a Casa 4 esta mais associada à reação do pai ou da família paterna quando tiveram a consciência que a gravidez estava em curso.
Estas primeiras impressões serão revividas mais tarde, depois do nascimento e também na vida adulta, nas relações parentais.
Neste caso não existe nenhum planeta.

A SOCIEDADE

 A Casa 11 associa-se à fase em que a barriga da mãe está já em crescimento acelerado, sendo impossível disfarçar a gravidez perante a sociedade.
Corresponde sensivelmente à fase entre os 3 e os 6 meses de gestação.
Surgem aqui naturalmente questões de curiosidade e de um certo mexerico social e familiar, bem como expectativas e necessidade de dar algumas respostas ao exterior:
Quem é o pai;
se o bebé é menino ou menina;
Como está a relação;
Como pretendem viver agora, etc.
A futura mãe é desafiada a interagir socialmente de outra forma, a ser alvo de atenções e a discernir a qualidade de compromisso social que tem com o pai da criança.
A casa 5 forma um eixo com a Casa 11, revelando também como a mãe viveu o namoro, a sua liberdade pessoal e o seu prazer sexual, nesta altura de gravidez. Neste exemplo, o astro Mercúrio nesta casa sugere uma certa neutralidade emocional e boa comunicação social, nesta fase.
Neste caso é o astro Neptuno que esta nesta casa, o que significa dispersão, confusões e deceções em relação a todos esses assuntos.

O REPOUSO

A Casa 12 corresponde aos últimos meses de gravidez, dos 6 aos 9 meses aproximadamente, em que a vigilância tem que estar mais ativa, pois o parto pode acontecer a qualquer momento.
Nesta altura, recomenda-se o repouso da grávida, o seu recolhimento e atenção médica ou familiar, para que não esteja sozinha num momento de urgência.
Surgem obviamente alguns medos físicos pela aproximação do grande momento, bem como ansiedade e grande expectativa.
Neste exemplo o Astros a Lua, revela alguma insegurança e carência nesta fase da gestação.
No seu lado oposto, a Casa 6 indica como a Mãe se sentiu no seu próprio emprego e como seguiu as indicações de cuidados necessários para esta fase, como a alimentação, sono, horários, e se sentiu ou não fisicamente condicionada nessa fase final de gravidez.
Não existe nenhum planeta neste caso.

O PARTO

A Casa 1 traduz, como é mais sabido, a experiência do parto, a reação dos pais ao nascimento do filho (sua aparência, sexo e condição de saúde) e a atitude perante a criança até cerca dos seus dois primeiros anos de vida.
Toda esta energia é fulcral na delineação do caráter futuro da personalidade que acaba de nascer.
Neste exemplo, não existe planetas.
Mas se Marte estivesse no ascendente é muito frequente em situações em que o sexo do bebé contraria o que era claramente desejado por um dos pais –
Há uma zanga inconsciente para com a criança – enquanto que o Sol sugere ter sido bem recebido, com alegria e orgulho. 
Estas impressões vão influenciar muito da atitude perante a vida, mais tarde.
A Casa 7 opõe-se à Casa 1 e retrata o relacionamento entre os pais nessa época pós-parto, nomeadamente, se foi melhorado, reforçado ou dificultado com o nascimento da criança.
Júpiter ou Vénus aqui colocados sugere um reforço do amor e da liberdade entre o casal, enquanto Marte e Saturno uma possível separação, conflito ou afastamento emocional.
Neste exemplo existe o planeta Plutão, indicativo de uma possível separação ou dificuldades sérias no relacionamento ou a morte de um dos pais ou a mudança radical de pais, possivelmente nos 2 primeiros anos de vida do ouvinte.
Estes fatores têm repercussão inconsciente pela forma como o adulto, mais tarde, vive e confia nos relacionamentos.

O ALIMENTO
Os signos e planetas na Casa 2 dão indicações sobre a segurança sentida pelo bebé, aproximadamente entre os 2 e os 4 anos.
A estabilidade dos pais para com a criança, os horários alimentares e de sono, bem como a tranquilidade do ambiente familiar serão fatores importantes nesta fase de vida.
Aqui, é de esperar que a criança desenvolva um sentido territorial e de posse em relação aos pais e em relação aos seus brinquedos.
A Casa 8 opõe-se e representa as crises de atenção desta fase, pela falta de tempo dos pais, devido a questões de trabalho, financeiras, educação de irmãos, ou devido ao próprio envolvimento emocional e sexual entre os pais.
Neste exemplo existe planetas o planeta Úrano, indicador de muita instabilidade, relativamente a todos esses assuntos.

A ESCOLA
De seguida,  surge a Casa 3 que representa os desafios associados às idades de entrada na escola, concretamente entre os 4 e os 7 anos.
Nesta etapa, é natural um maior contacto com o espaço exterior, sejam os transportes, a rua ou a própria escola, em que são desenvolvidos contactos com outros pares (os colegas), em que é também desafiada a aprendizagem e a sociabilização, para além da esfera familiar.

 À Casa 3, opõe-se a Casa 9 que representa os princípios educativos paternos e impacto de professores ou mentores familiares na educação da criança.
Como sempre, astros com significados mais fluidos facilitam toda esta etapa, enquanto que astros de dificuldade vão criar aqui alguns obstáculos necessários ao desenvolvimento da consciência pessoal.
O Astro Júpiter esta nesta casa do mapa astral do ouvinte, indica muita sorte e facilidade na vida escolar, talvez a presença ou influência de grandes professores ou mentores ou talvez uma educação num pais e língua estrangeira.

A FAMÍLIA

Entre os 7 e os 14 anos, desenvolve-se uma etapa de consolidação ou consciência de toda a dinâmica familiar mais global.
É a fase da Casa 4, em que são absorvidos a um nível mais consciente os modelos parentais, uma vez que a mente está bastante mais madura e desperta.
A funcionalidade da família torna-se fundamental, uma vez que surgem aqui questões de mudança de identidade com o início da puberdade, que acarreta também alguns desafios de autoridade.
Esta Casa complementa-se com a Casa 10 em que se entende melhor o papel social e profissional de ambos os pais.
Como sempre, as influências nesta etapa da vida irão ressoar mais tarde, no conceito de família e de carreira do indivíduo.

 A SEXUALIDADE

A Casa 5 associa-se à etapa entre os 14 e os 21 anos, fértil na procura de liberdade, do romance e da vida boémia.
A expressão da sexualidade assume aqui grande importância, bem como uma certa irreverência e busca de independência, com os olhos postos na exploração do novo campo sentimental e sensorial.
É uma altura de desporto, de dança e de muita vitalidade física.
Astros como o Sol aqui colocados favorecem a vivência desta etapa.
Esta casa opõe-se à casa 11 que está associada à vivência dos grupos de amigos e à sociabilização mais adulta, como os jantares, as festas, as reuniões, e manifestação social dos compromissos amorosos.
Neste caso é o astro Neptuno que esta nesta casa, o que significa dispersão, confusões e deceções em relação a todos esses assuntos.

 O TRABALHO

A Casa 6 representa o trabalho humilde e está associada, na minha opinião, à altura de vida entre os 21 e os 28 anos em que quase todas as pessoas são confrontadas com os desafios materiais da independência. Naturalmente, após uma fase mais louca da Casa 5, aparece a Casa 6 que pede alguma disciplina e humildade perante as autoridades para quem trabalhamos ou com quem nos relacionamos.

É uma altura de algum sacrifícios e que pede organização e competência, na gestão do dia-a-dia.
No lado oposto, a Casa 12 retrata as necessidades de fuga à realidade, nesta etapa, e procura de um sentido mais profundo para a vida, além de uma rotina mecânica.
Podem surgir aqui tendências destrutivas ou escapistas, bem como a valorização maior dos períodos de descanso e retiro, como os fins-de-semana, as férias, as noites, e o lazer.

O CASAMENTO
A Casa 7 associa-se à etapa entre os 28 e os 42 anos, em que desenvolvemos um sentido mais equilibrado, consciente e adulto de relacionamento com os outros, após a ascensão do Ego (casa 5) e queda do Ego (Casa 6).
É uma altura em que definimos os nossos verdadeiros casamentos de vida, seja uma relação, um trabalho, uma família, ou todos os fatores em simultâneo.

No lado oposto, temos a Casa 1, daí esta etapa ser uma oportunidade grande de auto-consciência, identidade, e definição do verdadeiro caminho pessoal, com livre-arbítrio.
É importante que o ser humano tome aqui decisões significativas, em verdadeira consciência de si.
Neste exemplo existe o planeta Plutão, indicativo de uma possível separação ou dificuldades sérias no relacionamento ou a morte de um dos pais ou mudança radical de pais.

A CRISE
Depois dos 42, na fase da Casa 8, despontam aqui desafios verdadeiramente transformativos. Naturalmente, devido à inflexão da curva de vitalidade aparecem questões de auto-estima e, consequentemente, de segurança nos relacionamentos.
Nesta etapa, entre os 42 e os 56 anos são normais os divórcios, depressões, angústias financeiras e mortes de familiares (os pais).
Pode ser uma etapa de consciência de poder financeiro e emocional, ou da sua falta, o que origina profundas crises psicológicas e até de saúde.
Há uma confrontação com as escolhas do passado, a proposta de uma grande transformação de valores e mais altruísmo, por exemplo, em prol dos filhos, de causas sociais ou simplesmente de uma maior intensidade de vida.

No lado oposto, a Casa 2 complementa este eixo, com uma noção mais clara da auto-estima, da segurança material alcançada e da estabilidade pessoal.
Neste exemplo existe, o Astro Saturno indicativo de uma tendência para uma fase algo dura ou distante de relacionamentos, ou uma fase de solidão e depressão.
Mas como também lá existe o Astro Sol indica uma fase feliz de alegria e paixão, Talvez com outro e novo relacionamento.

A EXCURSÃO
 Voltando de novo à casa 9, depois de todo um grande ciclo, são colocadas aqui necessidades mais existenciais e espirituais, que podem levar os indivíduos a ler mais ou viajar mais, enquanto sentem ainda vitalidade física. Esta fase, dos 56 aos 70 anos, é uma altura de reavaliação de vida e de educação de princípios aos mais novos, nomeadamente, os netos.
É uma boa fase para se aplicar as poupanças de uma vida de trabalho, em viagens.
Esta casa, complementa-se com a casa 3, pelas situações de reaprendizagem prática e intelectual que podem aparecer nesta etapa, seja por vontade dos próprios ou por solicitação dos seus netos.
O Astro Júpiter esta nesta casa do mapa astral do ouvinte, indica muita facilidade na sua vida intelectual, talvez influência os outros como sendo professor ou mentor ou talvez vive ou trabalhe num pais estrangeiro.

A ASCENSÃO
A Casa 10 estará relacionada com a fase entre os 70 e os 84 anos, correspondentes à esperança média de vida nos países desenvolvidos.
Existe aqui, naturalmente, uma revisão das grandes realizações de vida, uma clarividência maior do verdadeiro poder social (após as obras pessoais e criativas terem amadurecido) e, idealmente, maior respeito público, devido à idade alcançada.
Pode surgir uma derradeira vontade de entregar mais contributos sociais e, por exemplo, aplicar todo o património construído em determinados projetos para o futuro da sociedade ou da família.
Esta casa complementa-se com a Casa 4, uma vez que nesta fase de vida, o contexto familiar (filhos, netos, conforto doméstico) torna-se cada vez mais importante para uma vida significativa e com qualidade.
Posso afirmar que a sequência dos acontecimentos através do mapa natal promove a repetição, atenção, revisão e correção em todos os temas da sua vida.
Contudo, outras técnicas astrológicas podem reforçar ou não esses acontecimentos repetitivos.
Resumindo é vira o disco e toca o mesmo!
Sim a sua mente e a sua vida é como um disco riscado, uma eterna repetição dos mesmos assuntos, isto é… até aprender!
O objetivo do estudo e da pesquisa astrológica, nesse exemplo familiar, não é só levantar dados para comprovação, mas tem o intuito de buscar uma melhoria através do entendimento.
Não é fazer a viagem pessoal ao seu passado juntos, mas iluminar o seu trajeto com essas informações.
Como A Astrologia estuda o posicionamento dos astros no momento do nascimento da pessoa, Mas sabia que as características do mapa natal de uma pessoa são extremamente semelhantes entre os membros de uma mesma família?
Elas se repetem ao longo das gerações e podem ser apontadas na comparação de mapas astrológicos de indivíduos, indicando tendências relacionadas à saúde, traços e padrões de comportamento, escolhas similares de profissão, e até mesmo as características físicas relacionadas a aparência.
Já reparou como algumas famílias repetem padrões relativos à vícios por gerações?
Ou mesmo as histórias sobre os relacionamentos afetivos tão parecidas entre mães, filhas e netas?
Tudo isso pode ser apontado nas caraterísticas astrais identificadas no mapa natal.
O estudo começa na comparação entre os mapas dos membros de uma mesma família, normalmente, pais e filhos, identificando primeiramente os posicionamentos  do signo Solar, Lunar, Ascendente e Meio do Céu, os aspectos que fazem e suas incidências.
Como exemplo, por vezes encontro o signo solar do filho como signo lunar da sua mãe, signo lunar do pai como o signo solar do filho, ou mesmo o signo ascendente do pai sobreposto em sinastria sobre o Meio do Céu do filho.
Outro exemplo a ser considerado: mulheres da mesma família possuírem aspectos entre Vênus-Marte, quando não, a Vênus localizada nos signos regidos por Marte (Carneiro ou Escorpião).
É certo sempre haver uma correspondência predominante entre os mapas natais de pessoas do mesmo núcleo familiar.
É fato o comportamento humano ser afetado por eventos externos por gerações.
A reação ao perigo, o medo da morte e a busca por agrupamento são ações instintivas originárias da luta pela sobrevivência.
Não apenas baseados na observação e conclusão científica, mas a simples observação evidencia o quanto os nossos padrões comportamentais são igualmente afetados por experiências negativas vividas pelos nossos antepassados.
Os estudos relacionados à hereditariedade – biogenealógica - não é incisivo a respeito do fator determinante de pontos específicos da herança genética.
As suas conclusões baseiam-se em predisposições.
Já a Astrologia acompanha plenamente este raciocínio. Ainda que encontradas as repetições e semelhanças descritas pela teoria da hereditariedade astrológica, não há que se determinar como características cruciais da formação e constituição do indivíduo.
Diversos astrólogos procuraram nos traços familiares a retificação horária, tudo para tornar a interpretação do mapa astral mais objetiva.
Assim, tornaram-se mais evidentes os métodos já utilizados e descobriu novas técnicas e possibilitaram uma nova visão, visto que a comparação de mapas até esta época era considerada arcaica, por maior que fosse o objetivo para sua utilização, como é o caso da comparação de mapas entre pais e filhos aspirantes ao poder dos Estados (reis e imperadores).
O avanço das pesquisas originou a Teoria da Hereditariedade Astrológica que se mostra eficaz para traçar o perfil psicológico dos indivíduos, investigando os traços comportamentais familiares, definindo e aperfeiçoando os relacionamentos interfamiliares, astrologia médica, quando visa as fragilidades e potencialidades da saúde.
A importância da história de nossa genealogia é tão evidente para os fatores biológicos e é capaz de influenciar nossas escolhas.
Assim, conhecer as influências possíveis trás luz aos caminhos mais misteriosos de nossa mente.
A análise do mapa sob este foco mostra como a hereditariedade pode afetar o desenvolvimento do ser, oferecendo escolhas para os padrões encontrados, bem como o aprimoramento das qualidades herdadas e comportamentos negativos, além do uso de qualidades positivas não observadas.
Todos os seres racionais são livres para exercer as suas escolhas.
Não há limites para a mente humana.
Entender os caminhos existentes é fundamental para definir as escolhas.
Porque o homem não vem ao mundo sob um céu qualquer, mas sob um céu que mostra semelhança marcante com o céu de nascimento de outros membros da família.
Ainda não esta convencido?
Quer um comprovativo como repitamos sempre o mesmo?
Dou-lhe um outro exemplo com a astrologia mundial.
A Astrologia identifica períodos cíclicos no tempo.
Há 6.000 mil anos atrás, o astrólogo tinha a responsabilidade junto ao governante de alertá-lo sobre bons ou maus períodos - tanto para o planejamento e elaboração de guerras, quanto para fins meramente cotidianos: plantio, colheita, identificar fases de fartura ou momentos de dificuldades para um povo ou nação, etc.

É exatamente por isso que a Astrologia desde a antiguidade, sempre esteve muito próxima do poder estabelecido, seja de um Estado ou um Império.

Porém, existe um estudo dentro da Astrologia específico para tal finalidade, que recebe o nome de 'Astrologia Mundial'.
Esta disciplina estuda eventos que ocorrem de maneira muito lenta e que acabam por atingir gerações de pessoas.
Chamamos de 'Trânsitos Lentos' e o foco deste tipo de estudo são os planetas que possuem uma orbe grande ao redor do sistema solar, ou seja, demoram muito tempo para retornar ao mesmo ponto da Roda Zodiacal.
Como exemplo, destaco os Trânsitos de Saturno, Urano, Netuno e Plutão.
Saturno demora 29 anos.
Urano, em torno de 84 anos.
Netuno, 160 anos e Plutão, em média, 228 anos para retornar ao mesmo ponto no Zodíaco.
Somente como um exemplo de como este processo de mecânica celeste é lento, lembre-se que a Lua leva apenas 28 dias e Mercúrio leva algo em torno de 216 dias para voltar ao mesmo ponto de onde partiu.

Daí a idéia que os 'Planetas Lentos' (Saturno, Urano, Netuno e Plutão) são os responsáveis por sinalizar eventos históricos que marcam para sempre gerações e nações.
Como tudo é cíclico dentro da grande espiral evolutiva, com a disciplina 'Astrologia Mundial', os astrólogos possuem um comparativo estatístico sobre a repetição de eventos.
Na 'Astrologia Mundial'... exerce-se a combinação de estatísticas e modelos para dizer o que se pode sobre o mundo.
Somos basicamente historiadores, vamos ao passado para nos dar pistas do que acontecerá no futuro".
No caso da Queda do Muro de Berlim
O muro_de_berlim , Como exemplo de um fato importante na história mundial recente, , em 09/11/1989.
Naquela noite, os planetas Neptuno (dissolução) e Saturno (estrutura, rigidez) formaram um (*)encontro planetário (*conjunção) aos 10 graus do Signo de Capricórnio - que para a Astrologia simboliza tudo aquilo que é estruturado pela força do poder.

Portanto, com mais de dois anos de antecedência, os astrólogos sabiam que um grande símbolo restritivo seria dissolvido muito em breve.

Só restava pesquisar onde tal fato ocorreria ao redor do planeta.
Uma tarefa não muito simples e que requer estudo e atenção junto aos fatos de grande repercussão político/social.
Entre as pesquisas na época, foi o famoso discurso do então Presidente dos EUA, Ronald Reagan, no Portão de Brandemburgo (em comemoração ao 750º aniversário de Berlim - em 12/06/1987), que indicou o foco e formatou os estudos astrológicos nesse sentido de dissolução de algo rígido e estruturado simbolizando poder.

Reagan desafiou publicamente o então Secretário Geral do Partido Comunista, Mikhail Gorbachev, com a seguinte frase:
 ("Sr. Gorbachev, derrube esse muro!").
Daí para frente foi só aguardar e acompanhar através da observação das Cartas Astrológicas a aproximação de Saturno com Netuno.
Na noite da conjunção exata entre estes dois planetas, o muro começou a ser derrubado, marcando assim o fim simbólico de uma era que durou vinte e oito anos (de 1961 a 1989).

É só olhar para o passado e procurar pistas do que acontecerá no futuro.
Então, vamos procurá-las juntos.
Em novembro de 2008, o Planeta Plutão, ingressou no Signo de Capricórnio e aí permanecerá em Trânsito até 2024, ou seja, durante dezesseis anos.
Este foi um evento marcante, pois Plutão simboliza (entre outros temas) o poder em si e a transformação deste mesmo poder.
Ingressando no Signo de Capricórnio - aquele que é estruturado pela força do poder, seja ele qual for - inclusive econômico/financeiro, procura-se algo para simbolizar este evento, tal qual a queda do Muro de Berlim que já mencionei.
Desta vez, a resposta esta no que o mundo atravessa nesta época, principalmente em relação a Economia Mundial.

Entre 2007 e 2008, uma instituição financeira de 158 anos de existência e o quarto maior banco de investimentos dos EUA - o Lehman Brothers, viu as suas ações despencarem mais de 95%.
Quebrou e veio a concordata.
Se já não bastasse o colapso do Banco Bear Stearns, Banco Merrill Lynch, a Seguradora AIG e a nacionalização das firmas de hipoteca Fannie Mae e Freddie Mac e a tentativa de segurar a crise financeira, não havia mais disponibilidade (ou vontade política) de utilizar dinheiro público no resgate de um banco do porte do Lehman Brothers. "O banco tomou decisões equivocadas e o dinheiro público não pagará isso", foi mencionado na época.
O Lehman Brothers pode não ter sido o expoente máximo que representaria economicamente a 'Crise 2007/2008'.
Mas, com certeza, foi um arquétipo astrológico que durou quase um ciclo completo de Netuno (160 anos).
A afirmação que o mesmo 'tomou decisões equivocadas' é tipicamente uma simbologia netuniana.
Não sei se já viu esse filme em algum lugar?
Até aqui, aos olhos do leigo em 'Astrologia Mundial', tais afirmações podem significar tão somente meras coincidências numéricas, místicas ou simbólicas. Infelizmente não o são.
Elas apontam diretamente para o pico do iceberg.
No início do Século XX, J.P. Morgan, fundador da "J.P. Morgan & Co.", foi questionado se aceitaria a assessoria de astrólogos especializados para investimentos em Wall Street.
A resposta do banqueiro tornou-se um alerta aos leigos nos assuntos que envolvem a Astrologia e o  Mercado Financeiro:

"- Milionários não usam a Astrologia, somente os bilionários o fazem!"
Urano e o 'crash' da Bolsa de Nova York em Outubro de 1929
Foi no início de Setembro de 1929 que o economista e escritor Roger Ward Badson profetizou:

"Cedo ou tarde a quebra da Bolsa virá, e isso será terrível"

Porém, ninguém em Wall Street estava preocupado com declarações agourentas.
Afinal de contas o ritmo era frenético no sobe e desce do mercado financeiro daquela época.
O momento era de muita euforia, com lucros inimagináveis que aconteciam do dia para noite.
Todos podiam enriquecer, mesmo aqueles não familiarizados com o mercado de ações, fato que também atraiu os pequenos investidores para um carrossel financeiro de fortes emoções.
Mas, como a história mostrou, o Sr. Badson estava correto em sua previsão.
O chão cedeu numa quarta-feira, 23.
No dia seguinte, como o pânico tomou conta do mercado.
Um grupo de bancos injetou dinheiro no sistema.
Na sexta-feira 25, com a situação aparentemente mais calma, os mesmos bancos retiraram suas aplicações e o pesadelo começou...
Houve uma nova onda de venda de títulos e ações depois do final de semana.
Naquela que ficou conhecida como a "Terça-Feira Negra" (em 29 de Outubro de 1929), ninguém veio em socorro e a profecia se concretizou, provocando o 'crash' da Bolsa de Nova York, que mergulhou os EUA - e consequentemente o mundo, num grande período de recessão econômica.
No céu daquela terça-feira, o planeta Urano - responsável pelas mudanças repentinas, drásticas e inesperadas, estava a 08º 22' do Signo de Carneiro. Acabara de sofrer um (*)forte aspecto astrológico negativo (*quadratura) com o planeta Plutão.
E este foi o gatilho disparador em 'Astrologia Mundial' para a grande crise financeira e bancária do final dos Anos 20.
Somente quatro anos depois, já no segundo semestre de 1933, a crise nos bancos norte-americanos e consequentemente no mercado financeiro, seria contornada.
Pelo menos nos EUA, pelo presidente recém-empossado Franklin Delano Roosevelt.
Já viu esse filme em algum lugar?

O que esperar no futuro próximo?
"a Astrologia identifica períodos cíclicos no tempo". Em outras palavras, o mesmo aspecto astrológico que provocou o 'crash' de Outubro/1929 está de volta - oitenta e três anos depois.

Exatamente em 23/06/2012, Urano estará no mesmo 08º 22' do Signo de Carneiro e novamente em forte aspecto negativo com Plutão.

(Nota: em 1929 Plutão estava no Signo de Carangejo o signo dos Usa.
Desde 2008 está em Trânsito no Signo oposto, Capricórnio. Portanto, para a 'Astrologia Mundial' o efeito é exatamente o mesmo)

É claro que o aspecto astrológico poderá ser ativado um pouco antes ou depois desta data. Meses, talvez.
O que é astrologicamente correto afirmar é que o mesmo será ativado, de uma forma ou de outra, cedo ou tarde.
...E o que assistimos hoje?
Em qualquer publicação sobre o mercado financeiro mundial, notamos que importantes bancos norte-americanos enfrentam crises e dificuldades; vários países da Europa, África e Oriente Médio passam por grandes transformações político, sociais e econômicas.
Resta saber como contornar o que está abaixo do pico do iceberg.
E vira o disco e toca o mesmo?